Declaração da ACG sobre o golpe militar na Guiné-Bissau

Os membros da Sociedade Amílcar Cabral (ACG) estão consternados e profundamente preocupados com os acontecimentos que, na sequência das eleições presidenciais de novembro de 2025, desencadearam um golpe militar.

Este golpe é também, segundo informações amplamente partilhadas em meios políticos e da sociedade civil, dentro e fora do país, suspeito de ter sido orquestrado pelo ex-Presidente Umaro Sissoco Embaló, com o objetivo de impedir uma vitória da oposição. Exigimos igualmente o esclarecimento completo destes possíveis antecedentes do golpe.

Reivindicamos ainda a libertação imediata dos membros da oposição e dos representantes de outras instituições democráticas e da sociedade civil que foram detidos pelas Forças Armadas.

Apoiamos as exigências das organizações internacionais regionais (CEDEAO), continentais (UA) e globais (ONU), das quais a Guiné-Bissau é membro, para a restauração da ordem constitucional no país, incluindo a divulgação dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional de Eleições. Relativamente a este último ponto, subscrevemos a declaração das organizações oeste-africanas de direitos humanos de 30 de novembro de 2025.

Apoiamos também de forma firme a decisão da CEDEAO de enviar uma delegação de mediação a Bissau (declaração do Conselho de Mediação e Segurança da CEDEAO de 27/11/2025).